sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O contra ataque da ninja

Pense como deve ser trabalhoso ser uma ninja com suas tantas ações guerreiras, ter que saber usar o caminho sempre silenciosamente, pisando devagar, sem nem um mísero som no assoalho. E os seus poderes? Ahhhhhhhhhh seus poderes, recheados de muitas técnicas e mistérios. Quem já não sonhou em algum momento ser uma ninja? surgindo do nada, tendo como pano de fundo apenas uma fumaça, que pode ser de qualquer cor, o que vale mesmo é a emoção de ser... Ninja. Fico pensando em coisas assim, no contexto ou fora dele, mas pensando, porque pensando posso construir coisas, mesmo as não palpáveis tomam forma, é só ter o poder da imaginação, ai não precisa ser ninja, nem estar ninja, nem ter desejo ninja, é só fechar os olhos, ou não... Posso deixá-los bem abertos também pra me deixar levar na aventura de ser...
Com tudo isso, pretendo mesmo é confabular travessuras em dias amenos á sombra de grandes árvores e relembrar gargalhadas soltas e pensamentos velados, regados a muitos brinquedos e ao som de passarinhos. Dias assim, aparentemente normais, mas prazerosos, enriquecedores mesmos, dias da ninja se revelar e descobrir pessoas em flor, interessantes e com muito pra contar e acrescer. E o que é da natureza ninja nesses dias livres é o risco em pisar em folhagens secas pretendendo ser silenciosa, que insucessoooo até para a cautelosa e intitulada ninja, pois elas, as folhas te revelam a cada pisada graciosa, não tem jeito. E se da vida o melhor é colher desejos, melhor também é ignorar as espadas em línguas afiadas que não são de ninjas, pra que as quero? Então, o que fazer? Se deixar... Simplesmente.


Autora: Rubia

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Hino




Pessoas digam de mim o que desejarem... Se em alguns momentos me refugio, se procuro a noite e a sua sombra, o seu obscuro, o seu calafrio e o sereno que embaça os olhos, é para me resguardar. Encolho-me na mais profunda interiorização em busca do balsamo secreto, esse recolhimento não me deixa a margem de nada, estou atenta! Se ainda assim, quiseres dizer de mim... Estejam à vontade. Mesmo que eu não seja “ouvido”, serei complacente com a opinião de todos e me farei “boca” num lindo sorriso, mas não mudarei meu jeito de ser.
Se o meu momento for de atravessar desertos, irei à busca do Oásis, estarei leve, areia fina entre os dedos dos que pensam que me aprisionam com seus rótulos e preconceitos. Correrei mundo, serei vôo constante, e o vento será minha única companhia na aventura de ir, assim desbravarei os recantos do mundo gigante que não se esgota e não se dilui, apenas dorme em mim... Dorme em mim...
Saibam pessoas, a minha janela tem cortinas finas e estará sempre aberta, podem entrar com o sol, a noite enluarada, o assobio do vento ou com suas dúvidas e seus medos...
A disposição para os amigos é constante, mesmo os de opinião diferente, que se bifurcam num caminho qualquer, não me aflora os ânimos, respeito à diversidade de opiniões, respeito...
Então, digam o que desejarem! Sou melodia e assim como a melodia, sou conjunto de notas formando uma escala musical e, por conseguinte, meu hino.


Autora: Rubia

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Amiga SOS Lemos





Pessoa ímpar é difícil de mensurar, porque pessoa impar não tem começo, nem meio, nem fim, é pessoa circular, aquece num abraço, num olhar e basta uma palavra para nos trazer a PAZ, são mesmo indefiníveis, desencadeantes de tudo que é bom...
Essas pessoas nos invadem no silêncio gritante das nossas almas e trás consigo tanta luz, tanta paz as nossas angustias que nos harmoniza e nos acalma. São pessoas raras, iguais a pedras preciosas ainda escondidas em alguma rocha mãe, tem um valor imensurável...
Geralmente são pessoas tímidas, discretas, mas tão imensamente humanas que seus possíveis defeitos são invisíveis diante de tanta graça, sabedoria, ternura e quantos mais predicados existir. Elas são conhecedoras do nosso olhar, da nossa expressão corporal e da nossa alma, pessoas caras não têm distancias, viajam no pensamento, na cumplicidade do olhar, num meio sorriso, ou num sorriso e meio.
O dia pode está uma chatice, mas o telefone toca, muitas vezes nem são novidades, mas empolga e nos faz feliz. Ter ao nosso redor pessoas que fazem a diferença é realmente muito bom, por esse motivo compreendi na casa de alguns anos que a experiência nos trás, que não precisamos de um montão deles, basta um, dois ou três, mas que seja realmente aquele amigo, que quando o seu mundo está escuro, a luz da sua sabedoria, do seu sentimento fraterno, trás o sol para o nosso dia e tudo fica bem. Conhecemos realmente um amigo quando o sentimos inserido no melhor de nós.
Beijo enorme amiga!

Autora:Rubia

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Outubro, meu espelho...

Mais um ano. Espelhoooooo fique bem longe de mim, não te preciso. Ou será que te preciso? Tenho que decidir? Precisooooooo! A minha vaidade precisa olhar minúcias, conferir verdades, checar o brilho e a rigidez... Outubro que se guarda e se revela há décadas, outubro das renovações e checagens, outubro que me queres ver inteira e fragmentada...
No espelho de outubro me vejo sempre diferente dos outros meses, evaporo desejos, me sinto mais próxima do fim, mas termino não dando confiança ao espelho de outubro, porque todo fim pode ter outros começos, e eu adormeço pra sonhar meus sonhos reais. Então, que venha outubro e seu espelho e me veja: Intuitiva ou confusa, doce ou feliz, gritante ou expansiva, boba, louca ou aprendiz. Será que necessariamente nessa ordem? Creio que não, não necessariamente finita, apenas atravessando opostos existentes no clarão das ideias nascentes no córrego do meu jardim de rosas vermelhas e girassóis...
Outubro sabe dos meus dilemas de cada ano, das minhas crenças, dos meus delírios. O espelho me faz ver que cada outubro é diferente, algo sempre muda e mutante procuro ser para acompanhar de forma participativa e crítica qualquer trajetória. De outubro a outubro encaro o espelho criticamente, e o espelho me mostra além do que está aparente, me mostra indefinida. Em outubro questiono mais, deliro mais, fico mais frenética e impaciente. Sou igual a uma enorme árvore de um só tronco com seus múltiplos galhos e suas folhas amareladas, novas, verdes, vivas. ¿Sou? Sim! Verdes, vivas são a minha busca e teimosia, a minha impaciência, o meu descontrole de medos extremos que serve para abastecer a curiosidade em desvendar tesouros, em desvendar meus “Eus” no meu silencio e no meu grito.
Ao espelho de outubro confidencio: Sou, sou, sou o que quero ser, se pondero é porque quero se vou é porque quero o meio termo entre ir ou ponderar, eu decido, eu decido! Outubro, meu espelho, sou completude.






Autora;Rubia

sábado, 26 de setembro de 2009

Menina de Laçarotes




Das flores que ajudastes a plantar na janela do meu coração apaixonado e confiante em ti, Lembro como se fosse hoje, das gotas orvalhada que dançavam bolero nutrindo desejo e admiração... Até agora posso sentir o seu perfume... Tão belo e inebriante o aroma exalado que parecia nunca ter fim.
Das flores, sejam elas de qualquer cor, formato e beleza, trago a presença marcante de muitas horas, doces e salgadas, mãos nas mãos, olhos nos olhos, palavras proferidas por mim, e tão sabiamente completadas por você, meu companheiro, conhecedor do meu avesso.
Das flores campais, que ornamentavam balançantes a nossa estrada, muitas vezes de aparente fragilidade, renasciam singelas e resistentes verão a verão, e quando suas folhas amareladas caiam, enriquecia o solo dos nossos pés incansáveis de ir, não importávamos saber onde...
Das flores, algumas vezes distraída, sangrei em seus espinhos, dor fina, latejante, mas de fácil esquecimento diante da primavera...
Dos espinhos, portanto, não mais falarei, passarei os olhos na imensidão das minhas lembranças saldáveis, para me redescobrir em muitas Margaridas, Dalias, Violetas, Rosas Rúbias... E, mais, da minha janela envidraçada, resolvi não ser apenas contemplativa, algumas vezes os espinhos ardem no meu coração, mas na minha alma floresce sempre ramalhetes de alternativas, germinando no brio do peito de menina de Laçarotes que fui, sou e serei, ainda que os anos por vir levem muito de mim...
É certo, com o tempo, aprendi com as flores que precisamos de cultivo, de olhos admiradores, mãos acolhedoras e colhedoras, poetas que nos cante em prosa e versos, lua banca e linda com luminosidade discreta em noites de silencio.
E ”Para não dizer que não falei das flores”, que numa noite estrelada e morninha plantamos em nosso jardim, e quando o sol as aqueceu, brotaram e cresceram, a cada dia e em cada hora, na direção da luz, saiba, continuarei o meu caminho de girassóis, porque só aprendi a dar adeus às ilusões sorrindo e cantando, mesmo que dentro de mim queime centelhas, clarão de esperanças já em brasas prestes a carvão. Sou de laçarotes...Muitas vezes, meninaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


Autora: Rubia

domingo, 16 de agosto de 2009

Como um e-mail tem o poder de interagir... Ugh, ugh...



Repugnância foi a primeira impressão... Dia desses recebi um e-mail de um amigo que sempre me envia e-mails diversificados, seja de curiosidades, política, atualidade, gênero, do seu universo profissional e até de coisas bizarras, como esse... Quem me conhece sabe, tenho o estômago sensível, e quando me deparei com esse e-mail senti de imediato “apagar as lamparinas do meu juízo”, não pude deixar de sentir nojo. O título era sugestivo ”BONA PETITE”, pensei se tratar de alguma iguaria deliciosa, quem sabe em anexo viria até uma receita que pudéssemos saborear em algum dia singular, mas que nada! A cena era de um sujeito que se exibia a deliciar uma lagartixa, aliás, uma não duas! Não continuei a ver... Alguns dias relembrando a cena me pus a fazer alguns questionamentos, tipo: o que leva uma pessoa a fazer isso? Condição econômica? Sim, quem não sabe ou já leu artigos, viu alguma matéria sobre a miséria e suas mazelas? Culturas diferentes? Gostos e modo de vida distinta? Pois sim... Não sou uma pessoa bitolada, e não acho que esse tipo de situação não exista, mas que é chocante ver pode crer que é! Na China, por exemplo, quem já não ouviu falar que os chineses apreciam comidas exóticas? Espetinhos de bicho da seda fritos, testículos de bode, que segundo eles, essa iguaria serve para melhorar a fertilidade, além de tudo, ainda têm os famosos churrasquinhos de cobra, escorpiões, centopéias, Ugh, ugh... São diferenças culturais, e qualquer criança em idade escolar, sabe disso, mas mesmo assim é chocante de ver, PODE CRER! Enfim, dias se passaram para que eu resolvesse passar por cima dos meus preconceitos, pré-noções, pré TUDO, para resolver abrir novamente o e-mail, talvez por esse motivo não tenha de imediato dado o comando “Delete”, porque no íntimo sabia que voltaria a abri-lo. Eu me conheço, por mais aterrorizante e repugnante que possa ter sido ver essa cena inusitada, eu gosto de me superar sempre. Numa tarde ensolarada, sentei-me diante do PC disposta! Ali estaria só eu e o homem bizarro das lagartixas. Que nada! Ali estaria eu, o homem bizarro das lagartixas e os meus filhotes atentos a toda cena. Eu e o meu mais velho, não deixamos um só segundo de emitir sons de repulsa e horror ao ver aquela figura desdentada tentar mastigar aquela coisa com alguns poucos dentes, mas o que me surpreendeu mais ainda, foi ouvir o meu filho caçula tentar a cada instante nos acalmar dizendo: __ já comeu manhinha, já era a lagartixa! O admirei por isso, a tão sonhada e discutida impessoalidade dos cientistas nos olhos examinadores do meu garoto, e o que para alguns poderia ser tachado de frieza, eu tachei de centralidade e autocontrole de dá inveja. Mas, como tinha decidido ver o e-mail até o final, meus olhos quase não creram no que viam, quando surpreendentemente ele, o bizarro, retirou de um saco, a última e pavorosa iguaria. “Um rato” essa foi demais, entre risos, gritei: ___Que horror! Ficamos os três com olhos grudados no monitor. Meu pequeno? Agora, visivelmente espantado disse: ___ Mãe, já era um rato... Ugh, ugh...


Autora;Rubia

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Meu caminho




Sentimentos de esperança e arroubos bobos o tempo não rouba de mim, mesmo que a vidraça esteja por vezes embaçada, procuro no horizonte o vôo do pássaro, fênix do amanhã. É assim que vou fazendo a minha história, pois, vivo de sutilezas, enquanto vou tecendo a manta, cobertor de lã, que me aquece o frio da alma. Penso baixinho: porque será que nunca concluo o livro, denso, convidativo, sempre inacabado, final não se faz? Acho que é porque tenho os olhos rasos, de sol, sal e mar... E nesse impasse, entre concluir um livro e viver a minha história, vou deixando o tempo levar com as espumas salgadas, pedregulhos, conchas, caramujos, siris, estrelas, sargaços e a minha silhueta a vagar. Mas, nem tudo me encabula, pois tenho a boca metálica que se abre brilhante transmitindo e extraindo coisas boas, sussurrando, até gritando muitas vezes. O grito... Ele é terapia para quem não quer ser sempre controlada. E entre uma vírgula e outra do texto da minha vida, um belo grito é acalento do som. Afinal, o que seria do silêncio sem o som de um grito. Ora, pois, pois!
Sinto-me sempre assim, gritante, ressurgindo de uma bola de fogo, que aquece a água fria, amorna a temperança, e deixa-me cada vez mais encantada com o brilho da luz neon que clareia de forma elegante o meu caminho e o “seu brilho silencia todo som”
Fui...


Autora:Rubia

quarta-feira, 24 de junho de 2009

DEVANEIOS

Será que podemos dizer que D E V A N E I O S são ruídos? E esses ruídos que nos fala são parte do silencio que nos consome, ou consumiu ou consumirá um dia? O que acontece com nós enquanto caminhamos por nossos pensamentos? As pessoas vivenciam coisas tão semelhantes e ao mesmo tempo tão desiguais na forma de pensar, agir... E mesmo com tanta familiaridade de exemplos é impossível certas vezes não sentirmos medo na ultrapassagem de algum beco, povoados por gatos, sejam eles, brancos, pardos, amarelos ou pretos, na noite escura não faz muita diferença...
Nessas horas consumidas em dias nublados quando nos atrevemos a percorrer os labirintos inimagináveis dentro do desconhecido íntimo, não tem jeito, nem hora, mesmo que sejam as cinco da matina, abrimos a janela e sentimos a brisa fria cortar a carne quente. Atreva-se!
Não importa se ao longe a relva verdinha ainda escura te faz pensar coisa que também está escuro... Ainda que secreta, quieta, a coisa escura estará lá... Nesses instantes em que o céu se abre lento, saudando-nos com seu crepúsculo, o tic tac do relógio nos confirma mecânico, que outro dia começa, e o ciclo vira.
É exatamente assim que acontece, você e você, e ninguém mais, assim como um processo fenomenológico, onde o objeto é como você o percebe, como você vai construindo a sua consciência a partir da interpretação silenciosa ou não, da sua vida. Na verdade, não existe fórmula, nem acertos, nem promessas, apenas a vida latente que se abre e se forma dia após outro, excitante nas descobertas, profundo nas tristezas e alegrias que te faz ser outro e outro e outro e outro... Metamorfose.
Nesses dias de plenos D E V A N E I O S você se redescobre em muitos amigos, parentes, pessoas próximas e às vezes nem tão próximas assim, o fato é que nessas pequenas observações silenciosas retorcidas se constrói a obra inteira! Você!


Autora: Rubia

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Pintada a mão...



Dê-me motivo para sonhar
Posso ser da cor do arco-íres
Do formato que me moldares
Sorrir com palavras pequenas
Soprar bolinhas de sabão
Rolar no chão
Escorregar no corrimão
Ir à além...
Incandescente
Quente
Aguardente
Pluma de algodão...
Posso voar infinita a fora
Mutante, errante
Borboleta violeta, espoleta, ritmada...
Pousar na sua mão.


Autora:Rubia

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Avesso

Não existe mais em mim sensação, cheiro e frio de coisas que me entristeceram no passado, seus longuíssimos dias já se foram com um punhado de palavras não ditas no acaso das horas, no levar da onda que o vento varreu... Das miudezas adormecidas, ressuscitei apenas alguns adeuses que foram molhados, só pra ter certeza que incertezas não me prendiam mais.
Não me aflige mais as noites longas, o despertar na madrugada silenciosa, e a cor cinzenta dos objetos indefinidos pela penumbra do abajur... Não me aflige os demônios que voam, nem as suas armadilhas...
Não me aflige mais o eco do meu pensamento e seu costumeiro latejar, todo castigo se foi, como a água de um córrego, não volta mais.
E a lua? Esse satélite magnífico, suas fases, admiravelmente não me causa mais aquele aperto no peito, da lua cheia, branca, linda, imponente e convidativa, além do encanto e fascínio, me trás a serenidade de gente feliz, a paz que eu sempre almejei e mereço, pode crer!
Mochila desfeita, fim do porto, momento chicabana de ser... Hora de abrir os olhos para a imensidão do avesso, do avesso, do avesso, reflexo de mim...
Autora:Rubia

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sunflowers

À medida que o tempo passa, cismo com tantas coisas, agora dei pra sorver girassóis, me encanta a flor, a sua cor amarelada, sua energia, dizem que de todas as flores são as mais felizes. A flor do sol como também é conhecida tem muitos significados, dentre eles fama, sorte, sucesso... Como são as mais “felizes”, não poderia deixar de ter a felicidade como significado maior. A sua grandiosidade é relatada lindamente na mitologia grega através da história de Clitia, uma moça que apaixonou-se por Apolo Deus do Sol e, sem poder te-lo como namorado, contemplava o sol desde o seu nascer até o seu entardecer. A lenda conta que a moça ficou dias contemplando o Deus Sol, sem comer, nem beber absolutamente nada, exceto a suas próprias lágrimas, Pasmem! Clitia foi transformada em um lindo e imponente girassol. Gredo! Lendas a parte, mas, de carona no brilho e magnetismo dos girassois, vamos acompanhar a trajetória do sol, r e s p l a n d e c e r, sempre com muito otimismo, força e fé! Só mesmo tendo a energia do SOL interior podemos nos sentir iluminados e iluminar alguém... Pode até parecer piegas, mas são coisas assim que acredito.
Beijoc@s!

Autora:Rubia

domingo, 29 de março de 2009

Loira

À medida que faço minhas reflexões compreendo não só as profundas transformações pelas quais passamos durante a nossa breve vida, vida passageira, louca, louca vida, como as que bestialmente nos pode transformar... Dia desses fiquei tentada a fazer algo, para mim inusitado. E me vi naquele impasse: To be or not to be, that's the question. Refiro-me a celebre frase mais famosa da literatura mundial do igualmente famoso Shakespeare. Tudo começou quando fiquei tentada a fazer umas mechas loiras nos meus negros cabelos de mechas avermelhadas, de uma brincadeira displicente com uma foto montagem que postei no meu orkut, toda loira. Nossa! O que recebi de e-mail dos amigos mais tímidos que não se atreveram a postar os seus comentários, tipo: você ficou ótima loira, radicalizou e ficou bem amiga!... E por ai foi... O fato é que me vi diferente do habitual, não que eu não goste de ser morena, mas a novidade e a aceitação de algumas pessoas que externaram positivamente a sua opinião, me fizeram pensar com muita vontade na possibilidade de radicalizar. É claro que como tudo na vida, a torcida para a nova loira, não foi 100%, tiveram aquelas pessoas amigas que se posicionaram a favor da morena, Tipo: sou mais a morena!!!! E as exclamações me soaram como um eco desesperador que a minha mente processou da seguinte forma: meninaaaa não faça essa loucuraaaaa. E apesar da massagem no ego... “você está MARAAAAAAAA”, eu fiquei com a morena, e não me venham dizer que a minha opção pela morena se deu por causa de outra frase famosa que no momento não me recordo de quem seja. “Eles adoram as loiras, mas se casam com as morenas” não tenho em mim certos preconceitos e quando os sinto tento logo me desfaz deles, pois os preconceitos têm o poder de nos fazer limitada, e eu quero mesmo os DESLIMITES! Loira aqui ou morena na Suécia irão sempre chamar muita atenção. E para terminar esse impasse que aflorou em mim vontades... Socializo com vocês, o último comentário de uma amiga, que me fez dar boas gargalhadas quando ela teclarou no MSN: loira você está parecendo a Bruna Surfistinha! E eu de imediato: isso é um elogio, ou uma provocação? A resposta? Não digo, fica na mente e no coração, ou no tamanho do possível preconceito de cada um! Hauahauahauahaua
Beijosssss

Autora:Rubia

domingo, 8 de março de 2009

Mulher...




Mulher...


Que habitar em mim todos os continentes
Suas diferenças e semelhanças

Mulher...
Que trás as chaves das portas, escancara janelas
E deixa entrar o perfume de jasmim...

Mulher...
Que desabrocha em mim flor do sol
Fertilidades...
Hoje e sempre indecifrável...


Beijoc@s


Autora:Rubia

quinta-feira, 5 de março de 2009

Lágrimas de chuva

As lágrimas da chuva molham a grama, que de tão regada com a dor do céu, fica verdinha...
Devemos pensar sempre na vida, cada vez mais nos habituar a fazer muitas análises. Quem não passa por adversidades? Segundo o filósofo Horácio, “A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas”.
Tudo na vida tem um propósito, talvez não nos caiba conhecer... Por isso a aflição de alguns momentos, são eles que nos fazem crescer.
Devemos conhecer as nossas fraquezas no acaso de como elas acontecem, quando elas se apresentam a nós, mas a nossa FORÇA, devemos percebê-la como ninguém.
Ter o anzol de elástico, que de tão esticado possa pescar o menor peixe no fundo do mais profundo oceano, é imprescindível... Assim, podemos perceber que a sabedoria da vida está na forma simples de transformação de uns em detrimento muitas vezes do pesar de outros, a vida é uma escola...
É simples de entender... As lágrimas da chuva molham a grama, que de tão regada com a dor do céu, fica verdinha...






Autora:Rubia

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

(Des) coberta






Meu nome é de significado hebraico, amarga, amargosa... Mas na sonoridade tenho o doce das palavras, sabor de chiclete com hortelã, ou com bananaaaaa! Sou de esquisitices, de inventar desejos, mas não sou de perplexidades, sou tranquila.
Eu tenho repentes de menina boba que voa em bolas de sabão, mas a mulher que me abastece os significados é sempre (des) coberta. Coberta que aquece (des) que revela... coberta que esconde, (des) que acode...


Autora:Rubia

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Dados



Quando estou indecisa, jogo os dados, olho para o lado, ou lados... Eles (os lados) sempre me socorrem, os lados e suas possibilidades, os lados e seus obscuros indefinidos, os lados e seus clarões de luz, os lados e a fumaça dos becos...
Nessas horas, ninguém me salva, a não serem os lados... Os lados dos dados rolam e a surpresa é o acaso, é a coragem de ver o que será o que terá o que trará... Que número? Como não sou do tipo de não ter coragem, a coragem de ir ou de ficar, de ser tudo ou não ser nada, formar, evolui e transformar está em mim...
Mas, sei... Quando estou indecisa sou um perigo, inflamável demais, para não explodir mergulho no oceano e vou cada vez mais fundo... Fico submersa... Iceberg. E os dados vermelhos? são apenas uma feliz coincidência...

Autora;Rubia

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Pensamentos...

Acho que Yo soy asi, TOLA! Mas, não tente conhecer apenas fragmentos de mim, isso é pouco, insira-me num contexto maior... (Rúbia)

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Sei lá, sei lá, sei lá... Sou mulher, tenho em mim sensibilidades (Rúbia)


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Sou expectativa ambulante e minha esperança de superação é imensa, jamais será natimorta, é luz, é fogo, é vida, é paz, terá sempre recomeços, sempre! (Rúbia)


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À medida que o tempo passa, cismo com tantas coisas, agora dei pra sorver girassóis, me encanta a flor, a sua cor amarelada, sua energia, dizem que de todas as flores são as mais felizes! (Rúbia)


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...Quando escrevo, me dou asas, sou muitas, sou generosa... Procuro falar da alma e sua subjetividade e quando materializo o pensamento me sinto feliz, as linhas preenchidas me completam, faz preencher os vazios que não estão somente no papel. (Rúbia)


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...Acho recompensador quando sinto meus olhos sorrirem, os olhos podem tudo, acreditem! Até sorrir! (Rúbia)


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...Não existe em nós superficialidades, gostamos de ir até a profundeza de nós mesmos e desatar o nó do laço. (Rúbia)

Autora:Rubia

domingo, 11 de janeiro de 2009

Lucas



As constantes mudanças que ocorre em nossas vidas são necessárias na ascensão de um status para outro dentro de uma sociedade. Essas celebrações de transição, denominadas ritos de passagem são responsáveis pelo reconhecimento e aceitação da cultura a qual o indivíduo está inserido. Nós, pessoas humanas simbolicamente nascemos muitas e muitas vezes em experiências variadas e necessárias a nossa evolução social, passamos por diversos ritos.

Essas diversas formas de iniciação são o nosso passaporte para mais além, nos contextualiza e nos apresenta ao nosso meio. A vasta literatura Antropológica define bem o que representa para cada sociedade essa construção simbólica.
O nascimento especificamente é um exemplo de rito de passagem, o novo ser após o nascimento, passa a ser um legitimo integrante de num determinado núcleo familiar.
Esse processo de meses de espera, normalmente desejado e aguardado com muitas expectativas é agraciado pela alegria na chegada do novo ser. Diria que é um momento mágico, sublime, momento de Deus em nós... Por isso nos chocamos tanto com abandono de recém nascidos em latas de lixo, em valas... Chocante!
A luz de uma nova vida traz a todos da família do anunciado, mudanças significativas, é um crescimento mútuo, prazeroso, repleto de descobertas e amor... Amor... Amor de mãe, de pai... O novo rebento, ainda frágil e dependente de nós, sem vontade própria, sem pronunciar uma única palavra, torna-se o ser mais importante de nossas vidas.
Nesses dias pude mais uma vez comprovar e sentir a áurea mágica do amor, do amor puro de pai e mãe, quando nasceu um ser vitorioso, luminoso, cheio de brilho, luz, por isso denominado brilhante... Na certa não veio ao mundo para ser apenas mais um, mas para ser Lucas o iluminado!

Autora:Rubia

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

(Des) Alinho



Não desejo correntes cromadas, descuido no traje... (Des) Alinho.
Do substantivo masculino nada quero a não ser a sua liberdade em desfazer o que faz sentido.
Quero me fazer grande e desordenada, sem meio, começo e muito menos fim, quero seguir o meu caminho, pois que graça haverá em retas sem sinuosas curvas?
Quero preencher os meus espaços vazios, me organizar em palavras, mesmo que o meu silêncio fale mais, diga mais, grite mais, asa quebrada...
Sou impulsiva, quando desejo conhecer algo em mim ou em outros, abro a caixa de pandora, não me importa o feitiço, (des) alinho.

Autora:Rubia

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Colibri



A saudade é uma presença psicológica... Eu creio nisso também. Então, quero escancarar as minhas portas e gritar: Abre-te Sésamo! Tire dentro de mim todas as presenças ausentes, me faz sempre alegre e me ensina o caminho de volta, pois ontem saí sem destino e me deparei em muitos labirintos. Os meus olhos viram... Agora, se fecham para não ver torpes presenças...
Abre-te Sésamo! Pois quero fazer das minhas ilusões nefastas vontades de cortar muitos elos e desaprender a acreditar no óbvio... Quem sabe dizer em melodia que desejo jogar minhas tristezas “num pano de jogar confetes”...
Abre-te Sésamo! Para que eu possa completar a trajetória da maratona dos sonhadores e desbravar a terra do sem fim para contar minhas histórias...
Abre-te Sésamo! Não desejo ser uma Persona non grata, quero os meus querubins, minhas hortênsias, lírios, mini rosas vermelhas e o perfume de jasmim...
Abre-te Sésamo... ”Há tantas violetas velhas sem um colibri”...


Autora:Rubia

Cacá



Paisagens exóticas cheias de xique-xiques e grandes pedras enfeitando a estrada... Na ida ou na chegada da City.
Alegra-me relembrar as nossas travessuras, quando juntas trilhávamos a mesma reta, escalávamos as mesmas pedras escorregadias do rio.
Éramos felizes ao desfrutarmos muitos sonhos, em correr ladeira abaixo e ter apenas sobre nossas cabeças o sol de muitos graus...
Nossas brincadeiras infantis, vigiada de perto apenas pelo imponente pico, transformávamos em plumas a voar no coração do Rio Grande. Tínhamos uma cidade inteira para nós, mas na maioria das vezes preferíamos o quarto de brinquedos, onde lá estavam muitas bonecas, seus vestidos e os olhos de Suzé, câmeras a nos monitorar. Belos tempos! Belos dias recheados com doce de leite dos bons.
Todas essas ternas lembranças servem somente para poder falar em você, uma breve apresentação, assim como a introdução de um belo livro de história...
Sem evidentemente querer desvendar absolutamente nada, apenas me propor a falar de sentimentos, porque enigma será sempre a grande alma poetisa.
Entre chupetas coloridas, muitos livros, histórias contada ao som de vitrola, rabiscos na pele tatuados, poses para fotos em cima do telhado, gritos entre risos só para chamar atenção de algum desavisado, engatinhar perigosamente pela linha do trem, enfim, todas essas travessuras não podem ainda saber de nós, nem de você...
E ainda daqueles dias, trago a saudade que aprendi a dosar, nem mais nem menos, apenas na medida certa para me fazer relembrar o riso solto, às vezes quase um soluço...
Hoje o riso ainda é fácil, só não é largo mostrando a alma, nem faz lembrar um soluço. O tempo passa e nossa alma vai se burilando, assim como os diamantes quando lapidados, muito embora diamantes sejam sempre diamantes, brutos ou não... Então, mesmo hoje não sendo mais dada a grandes gargalhadas soltas a essência da poetisa não é de toda polida, pois a grandeza da sua essência está sempre em mutação... É quase imaculada.
Acredito que só quem traga o ópio misterioso das deusas sabe a medida exata do desabrochar... Eu te percebo assim, te percebo em todas essas e muitas outras lembranças, não pela empatia e admiração que tenho, mas pela transparência do seu silêncio...
Ainda da infância livre, trago à memória o medo, medo de assombração, bicho papão, mula sem cabeça, papangus e alma penada, perigos do nosso universo que eram apenas imagináveis e culturalmente construídos, mas pareciam-nos tão grandes e tão tenebrosos que não posso ignorá-los... Agora com o passar de muitos dias, entendo muitas coisas, entendo a dimensão de tudo isso que ficou para trás, que está na minha memória cristalizada, percebo que crescemos e nos tornamos outra ou outras pessoas devido às muitas fases já vividas... Mas as meninas de muitos sonhos sobreviveram a tudo que foi escuro, porque só os iluminados são os seres que não desejam brilhar sozinhos e assim como vaga-lumes dão suas pistas mesmo quando precisam se esconder. Sabemos disso não é mesmo?...
Então, aproprio-me da máxima: Antes tarde do que nunca, para assim trazer a minha versão de você e em síntese dizer: Você é luz no breu...


Autora:Rubia

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Sou...



Eu sou o centro daquilo que acredito, às vezes assim, outras assado, mas assim...
Sou soma, divisão, subtração e uma multiplicidade de pensamentos, recordações e saudades. Ahhh saudades! Nada palpáveis...
Sou vida pulsante! E o que é a vida? A minha é velocidade... Então sou partida, sou chegada, freios, muitos freios e uma infinidade de cavalos de pau. Adrenalina! Levanta poeira! pois vivo de impulsos e emoções, sou disparada e o meu velocímetro é quebrado.
Sou o livro que escrevo, as vezes de pagina virada, outras amareladas, algumas em branco, outras já concluídas com muitas notas de rodapé... Mas sempre um livro inacabado.
Sou assim... Amanheço sempre sedenta de algo que não seja potável, que não tenha cor, nem cheiros, nem formula, nem estados.
E o que flui do oásis dos meus pensamentos emaranhados são águas turvas e indefinidas, às vezes com muitos graus... Mas mesmo quando puras e cristalinas não matam a minha sede, não matam...

Autora:Rubia

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Sou simples e disposta para as boas coisas. Amo o belo, mas a minha admiração maior é na alma. Por isso eu escrevo, e como diz Clarice... "Escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...” Então, eu vou desabrochando a cada dia, com esperança, determinação, amor no corazón, tecendo minha vida, tal como uma linda aranha tece a sua fenomenal teia... Escrevo, sobretudo, "Porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando"... Romântica? Profunda? Complexa? Não sei, traduza-me...