quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Hino




Pessoas digam de mim o que desejarem... Se em alguns momentos me refugio, se procuro a noite e a sua sombra, o seu obscuro, o seu calafrio e o sereno que embaça os olhos, é para me resguardar. Encolho-me na mais profunda interiorização em busca do balsamo secreto, esse recolhimento não me deixa a margem de nada, estou atenta! Se ainda assim, quiseres dizer de mim... Estejam à vontade. Mesmo que eu não seja “ouvido”, serei complacente com a opinião de todos e me farei “boca” num lindo sorriso, mas não mudarei meu jeito de ser.
Se o meu momento for de atravessar desertos, irei à busca do Oásis, estarei leve, areia fina entre os dedos dos que pensam que me aprisionam com seus rótulos e preconceitos. Correrei mundo, serei vôo constante, e o vento será minha única companhia na aventura de ir, assim desbravarei os recantos do mundo gigante que não se esgota e não se dilui, apenas dorme em mim... Dorme em mim...
Saibam pessoas, a minha janela tem cortinas finas e estará sempre aberta, podem entrar com o sol, a noite enluarada, o assobio do vento ou com suas dúvidas e seus medos...
A disposição para os amigos é constante, mesmo os de opinião diferente, que se bifurcam num caminho qualquer, não me aflora os ânimos, respeito à diversidade de opiniões, respeito...
Então, digam o que desejarem! Sou melodia e assim como a melodia, sou conjunto de notas formando uma escala musical e, por conseguinte, meu hino.


Autora: Rubia

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Sou simples e disposta para as boas coisas. Amo o belo, mas a minha admiração maior é na alma. Por isso eu escrevo, e como diz Clarice... "Escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...” Então, eu vou desabrochando a cada dia, com esperança, determinação, amor no corazón, tecendo minha vida, tal como uma linda aranha tece a sua fenomenal teia... Escrevo, sobretudo, "Porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando"... Romântica? Profunda? Complexa? Não sei, traduza-me...