quarta-feira, 24 de junho de 2009

DEVANEIOS

Será que podemos dizer que D E V A N E I O S são ruídos? E esses ruídos que nos fala são parte do silencio que nos consome, ou consumiu ou consumirá um dia? O que acontece com nós enquanto caminhamos por nossos pensamentos? As pessoas vivenciam coisas tão semelhantes e ao mesmo tempo tão desiguais na forma de pensar, agir... E mesmo com tanta familiaridade de exemplos é impossível certas vezes não sentirmos medo na ultrapassagem de algum beco, povoados por gatos, sejam eles, brancos, pardos, amarelos ou pretos, na noite escura não faz muita diferença...
Nessas horas consumidas em dias nublados quando nos atrevemos a percorrer os labirintos inimagináveis dentro do desconhecido íntimo, não tem jeito, nem hora, mesmo que sejam as cinco da matina, abrimos a janela e sentimos a brisa fria cortar a carne quente. Atreva-se!
Não importa se ao longe a relva verdinha ainda escura te faz pensar coisa que também está escuro... Ainda que secreta, quieta, a coisa escura estará lá... Nesses instantes em que o céu se abre lento, saudando-nos com seu crepúsculo, o tic tac do relógio nos confirma mecânico, que outro dia começa, e o ciclo vira.
É exatamente assim que acontece, você e você, e ninguém mais, assim como um processo fenomenológico, onde o objeto é como você o percebe, como você vai construindo a sua consciência a partir da interpretação silenciosa ou não, da sua vida. Na verdade, não existe fórmula, nem acertos, nem promessas, apenas a vida latente que se abre e se forma dia após outro, excitante nas descobertas, profundo nas tristezas e alegrias que te faz ser outro e outro e outro e outro... Metamorfose.
Nesses dias de plenos D E V A N E I O S você se redescobre em muitos amigos, parentes, pessoas próximas e às vezes nem tão próximas assim, o fato é que nessas pequenas observações silenciosas retorcidas se constrói a obra inteira! Você!


Autora: Rubia

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Sou simples e disposta para as boas coisas. Amo o belo, mas a minha admiração maior é na alma. Por isso eu escrevo, e como diz Clarice... "Escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...” Então, eu vou desabrochando a cada dia, com esperança, determinação, amor no corazón, tecendo minha vida, tal como uma linda aranha tece a sua fenomenal teia... Escrevo, sobretudo, "Porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando"... Romântica? Profunda? Complexa? Não sei, traduza-me...