No espelho de outubro me vejo sempre diferente dos outros meses, evaporo desejos, me sinto mais próxima do fim, mas termino não dando confiança ao espelho de outubro, porque todo fim pode ter outros começos, e eu adormeço pra sonhar meus sonhos reais. Então, que venha outubro e seu espelho e me veja: Intuitiva ou confusa, doce ou feliz, gritante ou expansiva, boba, louca ou aprendiz. Será que necessariamente nessa ordem? Creio que não, não necessariamente finita, apenas atravessando opostos existentes no clarão das ideias nascentes no córrego do meu jardim de rosas vermelhas e girassóis...
Outubro sabe dos meus dilemas de cada ano, das minhas crenças, dos meus delírios. O espelho me faz ver que cada outubro é diferente, algo sempre muda e mutante procuro ser para acompanhar de forma participativa e crítica qualquer trajetória. De outubro a outubro encaro o espelho criticamente, e o espelho me mostra além do que está aparente, me mostra indefinida. Em outubro questiono mais, deliro mais, fico mais frenética e impaciente. Sou igual a uma enorme árvore de um só tronco com seus múltiplos galhos e suas folhas amareladas, novas, verdes, vivas. ¿Sou? Sim! Verdes, vivas são a minha busca e teimosia, a minha impaciência, o meu descontrole de medos extremos que serve para abastecer a curiosidade em desvendar tesouros, em desvendar meus “Eus” no meu silencio e no meu grito.
Ao espelho de outubro confidencio: Sou, sou, sou o que quero ser, se pondero é porque quero se vou é porque quero o meio termo entre ir ou ponderar, eu decido, eu decido! Outubro, meu espelho, sou completude.
Autora;Rubia
Parabéns minha amiga, por mais um outubro. Você é tão intensa e complexa que um dia é pouco para comemorarmos seu aniversário.
ResponderExcluirBeijo
Pires